Brasileiros desaparecem durante escalada em monte na Argentina
Dois escaladores brasileiros estão desaparecidos desde
sexta-feira (18) no monte Fitz Roy, na região da Patagônia, na divisa da Argentina com o
Chile. Eles pretendiam voltar para a base do Parque Nacional Los
Glaciares no domingo (20), mas foram surpreendidos pelo mau tempo e não
retornaram.
O capixaba Fabrício Amaral e o
mineiro Leandro
Ianotta foram vistos pela última vez
na sexta-feira ao meio-dia por um grupo de montanhistas, que optaram por descer
o monte. Os dois brasileiros continuaram subindo. Como previsto, uma frente
fria severa atingiu o local naquele mesmo dia.
Na segunda (21), uma
equipe de resgate formada por socorristas do parque e alpinistas estrangeiros
voluntários começaram as buscas por Amaral e Ianotta, mas o mau tempo e a
própria formação da montanha têm dificultado o trabalho de resgate.
Segundo o jornal argentino Clarín, as chances
de encontrar os alpinistas perdidos a salvo são cada vez mais escassas, porque
se passaram quatro noites em condições meteorológicas muito ruins e eles estavam
sem equipamentos ou suprimentos suficientes para o longo período de tempo.
A última postagem de Iannota nas redes sociais
foi no dia 15 de janeiro, quando os dois fizeram a primeira subida no monte
Fitz Roy. No texto, ele conta que enfrentaram vento forte e por isso decidiram
descer e esperar uma "janela" para continuar a trilha.
"Aprendendo a cada
dia e enquanto isso, sigo pedindo ao anjo da guarda escalador uma força!",
escreveu ele. Ianotta trabalhava como guia de escalada na
Cachoeira do Tabuleiro, na serra do Espinhaço, no município de Conceição do
Mato Dentro -é a mais alta cachoeira de Minas Gerais.
Ainda segundo o Clarín, foi confirmada na
segunda (21) a morte de um alpinista tcheco na parede sul do monte argentino,
por provável hipotermia. Seu nome não foi divulgado e as equipes de busca
disseram não acreditar que haja o resgate do corpo, nem mesmo de helicóptero,
porque o local é de muito difícil acesso -arriscado até mesmo para os
socorristas.Procurado, o Ministério das Relações Exteriores
disse que o Consulado do Brasil em Buenos Aires acompanha o caso dos
brasileiros e está em contato com os familiares, "prestando-lhes a
assistência consular cabível".
Fonte: Notícias ao Minuto
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