Itupiranga: fazenda é ocupada por cerca de 70 pessoas ligadas União Nacional Camponesa
Pelo menos 70 famílias ocupam, desde o dia 10, uma fazenda em Itupiranga, a
50 quilômetros de Marabá, município situado no sudeste do Estado. Duas pessoas
foram presas em flagrante portando armas de fogo, segundo informou a Delegacia
de Conflitos Agrários (DECA).
Os presos são Francisco Garcia de
Moura e Hilton Alves de Souza. Circula a
informação de que ocupantes da União Nacional Camponesa (UNC) estavam mantendo
funcionários da fazenda em cárcere privado, mas isso não foi confirmado pela
Polícia Civil.
No interior de um dos
veículos encontrados no local, foi apreendida uma arma de fogo em poder de
Francisco, que foi autudo em flagrante por porte ilegal de arma e invasão de
propriedade privada. Ele pagou fiança e foi liberado. Hilton foi autuado em um
TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) também por invasão de propriedade
privada e logo em seguida liberado. Ambos foram conduzidos à DECA para a tomada
de medidas cabíveis. Atualmente, a fazenda permanece ocupada, porém as
atividades continuam normalmente.
Policiais recolheram,
ao todo, três armas de fogo mediante vistoria na área da ocupação. Ainda no
sábado (12), uma outra arma de fogo foi apreendida pela Polícia. Os serviços na fazenda
foram retomados, como resultado de negociação entre as lideranças e autoridades
públicas no local. O Governo Federal
considera a ocupação como uma ação de organização criminosa e que os invasores
não serão beneficiados por programas da reforma agrária.
O secretário
especial do governo federal, Nabhan Garcia, demonstrou indignação com a
invasão: “A fazenda, que é produtiva, não foi ocupada, foi invadida
por uma organização criminosa. Movimento social não anda armado, não invade,
não destrói. Isso é organização criminosa e não vai ter reforma agrária para
esse tipo de gente. Para eles, vai ter é rigor da lei.” E acrescentou: “Esse
é o procedimento que vamos adotar daqui para frente. O governo terá de
identificar esses invasores, que estão cometendo crimes. Se não fizer nada, é
prevaricação”. A briga entre
ruralistas e movimentos sociais promete ser bastante acirrada no governo
Bolsonaro.
Fonte: Com informações do Portal ORM
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