Lava Jato: Justiça nega pedido de Lula para ir a funeral de irmão
A juíza Carolina Lebbos 12ª Vara Criminal
Federal de Curitiba negou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
para comparecer ao funeral do irmão Genival Inácio da Silva, de 79 anos, que morreu na manhã desta
terça-feira (29). A defesa entrou com recurso no TRF-4
antes mesmo da decisão, e o desembargador Leandro Paulsen manteve a
sentença no fim da madrugada, causando revolta na defesa,
correligionários e familiares de Lula.
A magistrada através de despacho, publicado
no início da madrugada desta quarta-feira (30), seguiu as
manifestações da Polícia Federal e do Ministério Público, que
afirmavam que não havia tempo hábil para que a logística de transporte do
presidente fosse realizada a tempo do final do sepultamento do irmão de Lula. O enterro está marcado para as 13h desta
quarta-feira.
O superintendente
da Polícia Federal no Paraná, Luciano Flores de Lima, em ofício à juíza
Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais, levou em consideração a
"indisponibilidade do transporte aéreo em tempo hábil para a chegada do
ex-presidente Lula antes do final dos ritos post mortem de seu irmão".
"Caso
fosse disponibilizado tanto aeronaves de asa fixa quanto as rotativas
necessárias, a distância entre o ponto mais provável de pouso de helicóptero e
o local dos atos fúnebres é de aproximadamente 2 km, percurso que teria que ser
feito por meio terrestre, o que potencializa os riscos já identificados e
demanda um controle e interrupção de vias nas redondezas", diz Flores de
Lima no ofício.
O
chefe da Polícia Federal ainda ressaltou "a ausência de policiais
disponíveis tanto da PF quanto da Polícia Civil e PM/SP para garantir a ordem
pública e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas
ao seu redor". Flores de Lima levou em consideração também "as
perturbações à tranquilidade da cerimônia fúnebre que será causado por todo o
aparato que seria necessário reunir para levar o ex-presidente até o
local".
No ano de
1980, durante o regime militar, Lula estava preso no Departamento de Ordem
Política e Social (Dops), por causa de seu envolvimento nas greves dos
metalúrgicos, e foi autorizado para comparecer ao enterro da mãe, Eurídice
Ferreira de Mello, a dona Lindu. Durante o dia, o Vice-Presidente da República,
Mourão, disse que a ida de Lula ao velório do irmão era um ato humanitário.
Sugestões de pauta poderão ser enviadas pelo e-mail: debatecarajas@gmail.com ou pelo Whatsapp (94) 99181 8448.
Post a Comment