Mais Médicos: Governo Federal estuda regularizar permanência de médicos cubanos no Brasil
O governo federal
estuda formas de regularizar a permanência de médicos cubanos que
queiram ficar no Brasil. Para o Ministério da Saúde, a iniciativa se
enquadra na determinação de fortalecimento da atenção básica à saúde. As
medidas são analisadas após o fim do acordo de cooperação entre o Brasil e Cuba
para participação no programa Mais Médicos, que ocorreu em novembro do ano
passado.
O número de profissionais de saúde de Cuba
interessados em permanecer no Brasil ainda está sendo contabilizado, pois o Ministério
da Saúde aguarda receber a informação do escritório brasileiro da Organização
Pan-americana de Saúde (Opas), intermediadora do acordo.
Na última semana, representantes do grupo
interministerial se reuniram no Ministério da Educação sobre a situação
dos profissionais cubanos. A assessoria do Ministério da Saúde
informou que o governo federal espera chegar a um consenso para atender
os médicos de Cuba que queiram atuar no Brasil.
Por intermédio da assessoria, o Ministério da
Saúde informou que, “preocupado com a questão humanitária e em parceria com o
Conselho Federal de Medicina e o Ministério da Educação, busca uma forma de
permitir a reintegração desses profissionais após a revalidação dos seus
diplomas.
Divergências
Em novembro de 2018, foi encerrado o
acordo de cooperação assinado pelo Brasil e Cuba. O governo cubano
discordou das novas
exigências feitas pelo Brasil, como a necessidade de os
profissionais se submeterem ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas
Médicos (Revalida).
O Revalida serve para comprovar o grau
de conhecimento de médicos brasileiros ou estrangeiros que obtiveram
diplomas de graduação em instituições de ensino do exterior e que queiram atuar
no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro reiterou a defesa pelas novas
exigências.
Refúgios
Desde que o Programa Mais
Médicos foi criado em 2013, o número de cubanos
pedindo refúgio tem crescido. Porém, de acordo com órgãos
responsáveis pela área, não há dados precisos que permitam a associação entre o
aumento do número de pedidos de refúgio e a quantidade de cubanos no país.
De 2003 a 2012, a média de pedidos
anuais foi de 22 solicitações. Em 2013, 69 cubanos
solicitaram refúgio ao Brasil. A partir daí, as requisições cresceram
ano após ano: 113 (2014); 422 (2015); 1.121 (2016); 2.020 (2017) e 2.743
(2018). Desde o final de novembro de 2018, até o último
dia 21, o número chegou a 798 – quase o dobro do total registrado
durante os mesmos três meses de 2017/2018, quando 438 cubanos pediram
refúgio ao Brasil.
Anteriormente
Em 2017, ano em que 33.866 cidadãos de
várias partes do mundo pleitearam o direito de permanecer no Brasil, os
cubanos formaram o segundo grupo que mais pediu refúgio, atrás apenas dos
venezuelanos. Os dados são do Comitê Nacional
para os Refugiados (Conare) e foram divulgados no site do
Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Conare informa que o status de refugiado é
concedido à pessoa que deixa o seu país de origem ou de residência
habitual devido a fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião,
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, como também devido à grave e
generalizada violação de direitos humanos, e não possa ou não queira acolher-se
da proteção de tal país.
Fonte: Agência Brasil
Sugestões de pauta poderão ser enviadas pelo e-mail: debatecarajas@gmail.com ou pelo Whatsapp (94) 99181 8448.
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