Ditadura: Funcionários não podem mais fazer greve contra privatização de estatais
O Tribunal Superior do Trabalho
(TST) decidiu
que greves contra a privatização de estatais é abusiva, ou seja, a decisão de
ontem (11) impede trabalhadores de protestar contra a venda de empresas do
setor público à iniciativa privada, a partir da publicação da decisão. Essa
sentença trabalhista ainda vai dar muito “pano para as mangas”, na briga entre
governo, trabalhadores e sindicatos.
Os magistrados
avaliaram o caso de uma paralisação de funcionários da Eletrobras, ocorrida em
junho do ano de 2018. O governo de Michel Temer anunciou que tinha a intenção
de vender a estatal, levando a discussão, inclusive, para o Congresso Nacional.
A desestatização não foi concretizada devido a várias pressões, inclusive dos
funcionários.
A Corte
decidiu que se os trabalhadores de estatais fizerem greve, eles poderão ter os
salários descontados. Os magistrados avaliaram por quatro votos a dois que a
greve não pode ter objetivos políticos, apenas causas trabalhistas. Votaram a
favor da decisão os ministros Ives Gandra, Renato Lacerda Paiva, Aloysio Corrêa e Dora Maria da Costa.
O relator Maurício
Godinho e a ministra Kátia Arruda discordaram. Segundo eles, a greve contra as
privatizações pode ocorrer pela manutenção de empregos.
O homem forte da Economia, Paulo Guedes, também tem a intenção
de vender empresas públicas, incluindo a estatal de energia. O próprio
secretário de Privatizações da pasta, Salim Mattar, afirmou que pretende ofertar todas à
iniciativa privada, com exceção da Petrobras, do Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal (CEF). Os defensores da decisão alegam que, no caso da
Eletrobras, a greve poderia ocasionar o desabastecimento de energia em todas
regiões do Brasil.
Sugestões de pauta poderão ser enviadas pelo e-mail: debatecarajas@gmail.com ou pelo Whatsapp (94) 99181 8448.
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