Helder Barbalho: Base de apoio começa a dar sinais de insatisfação em Marabá
(Pedro Souza)
O estado do Pará, nos últimos anos, foi governado pelo PSDB, uma espécie de direita moderada. No final de 2006, como é comum nas democracias, o povo optou por mudanças e elegeu Ana Júlia Carepa, ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), para governar o Pará. Entretanto, Ana Júlia enfrentou uma série de problemas internos que culminou com sua derrota na eleição seguinte para Simão Jatene. Na época, a esquerda perdeu uma oportunidade de “fincar a bandeira política” em um dos estados mais ricos da federação.
O estado do Pará, nos últimos anos, foi governado pelo PSDB, uma espécie de direita moderada. No final de 2006, como é comum nas democracias, o povo optou por mudanças e elegeu Ana Júlia Carepa, ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), para governar o Pará. Entretanto, Ana Júlia enfrentou uma série de problemas internos que culminou com sua derrota na eleição seguinte para Simão Jatene. Na época, a esquerda perdeu uma oportunidade de “fincar a bandeira política” em um dos estados mais ricos da federação.
No final
de 2018, os paraenses interromperam novamente a hegemonia do PSDB e seus
aliados, elegendo Helder Barbalho. No entanto, se depender da forma como as
lideranças ligadas a Helder estão sendo tratadas, em Marabá, não vai demorar
muito para o time de Simão Jatene voltar a ditar as regras no Palácio Lauro
Sodré. A prática de só valorizar a quem tem mandato não está funcionando. A insatisfação
e a descrença estão tomando conta de quem ficou com as “canelas vermelhas” de
tanto andar na poeira, pedindo votos para Helder Barbalho. Reclamam as lideranças insatisfeitas com os rumos do novo governo.
Um dos
pontos de maior revolta é a permanência da maioria dos integrantes do governo
tucano nos órgãos estaduais em Marabá. Outra indignação recorrente é a ausência
de diálogo e a falta de uma liderança que tente unificar as várias correntes
políticas apoiadoras de Helder em Marabá, durante o processo eleitoral, em 2018. Na visão da maioria, apenas o grupo dos
que tem mandato está sendo atendido pelo governador. Essa prática estadual está deixando
várias lideranças de “cabelo em pé” e sem uma ligação com o "núcleo duro" do
governo em Belém.
Para os
apoiadores dos barbalhos migrarem para o “outro lado”, nas eleições para
prefeito, em 2020, é “um pulo”, dizem os mais experientes em política. A
insatisfação estaria generalizada em todo o estado. A demora nas nomeações para
os cargos na esfera estadual é um dos maiores desgastes do novo governo. “Fui a Belém, mas sentir um governador sem
força política. Essa foi a impressão que tive dele, após estar presente em uma reunião”,
comentou um empresário de Marabá que não quis ter seu nome citado.
Integrantes
de partidos políticos da base de apoio do governador estão dizendo que ele está
seguindo o mesmo roteiro do governo petista, ou seja, desvalorizando os “de
casa” e tentando captar lideranças tucanas. “Se
utilizar o mesmo modus operandi, vai perder as eleições no final de 2022”,
emendou outro insatisfeito. As lideranças esperam que a agenda do governo
prevista para acontecer na terra de Francisco Coelho, nos próximos dias, ponha
fim a essas reclamações. Caso contrário, Helder Barbalho perderá o apoio
político da maioria das lideranças locais ligadas a ele em Marabá. O tucanato
está “aguardando de camarote” a falta de habilidade do governo para começar a cooptar
essas lideranças. Afinal, em uma pesquisa realizada em dezembro de 2018, o governo Tião Miranda teve 87% de aprovação pela população.
Nos
bastidores, em Marabá, ex-prefeitos, candidatos, ex-deputados, vereadores, ex-vereadores,
ex-secretários municipais, presidentes de associações de bairro, empresários, ex-deputados,
sindicalistas, entre outros agentes políticos, estariam profundamente
revoltados com o tratamento recebido de Helder Barbalho e sua
equipe. Para a maioria, não existe justificativa política para os
tucanos permanecerem nos cargos da máquina estatal nem concentrar as nomeações em torno de mandatos. Em algumas cidades, como
Santarém e Altamira, o descontentamento com a morosidade do governo já ganhou
as redes sociais. Como diz o ditado popular: “É ver para crer”. Novas cenas são esperadas para os próximos dias em Marabá, pois até o vento muda de direção.
Sugestões de pauta poderão ser enviadas pelo e-mail: debatecarajas@gmail.com ou pelo Whatsapp (94) 99181 8448.
Sugestões de pauta poderão ser enviadas pelo e-mail: debatecarajas@gmail.com ou pelo Whatsapp (94) 99181 8448.
Está todo mundo querendo uma "fatia do bolo" rs. Ele fica aí na modinha, querendo governar via Twitter.
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