Supremo Tribunal Federal julga ação para criminalizar homofobia
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve
julgar quarta-feira (13) uma ação
protocolada pelo PPS para criminalizar a homofobia, que é caracterizada pelo
preconceito contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais,
transexuais). O processo tramita na Corte desde 2013 e será relatado pelo
ministro Celso de Mello.
Na sessão, os ministros devem definir se o
Supremo pode criar regras temporárias para punir agressores do
público LGBT, devido à demora da aprovação da matéria no Congresso
Nacional. Pelo atual ordenamento jurídico, a tipificação de crimes cabe ao
Poder Legislativo, responsável pela criação das leis.
O crime de homofobia não está tipificado na
legislação penal brasileira. Nos casos envolvendo agressões contra
homossexuais, a conduta é tratada como lesão corporal, tentativa de homicídio
ou ofensa moral. No entendimento do partido, a minoria LGBT
deve ser incluída no conceito de "raça social" e os agressores
punidos na forma do crime de racismo. "O heterossexismo social constitui uma
ideologia racista e, portanto, a homofobia e a transfobia constituem-se
ideologias/condutas tipicamente racistas por serem decorrências do racismo
heterossexista", argumenta o partido.
Levantamento recente, divulgado pelo Grupo Gay
da Bahia (GGB), mostrou que em 2017 foi registrado o maior número de mortes
relacionadas à homofobia desde que o monitoramento anual começou a ser feito
pela entidade, há 38 anos. Naquele ano, 445 lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos por homofobia.
Fonte: Agência Brasil
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