Bolsonaro: A democracia só existe se as forças armadas quiserem

Em discurso para militares, nesta quinta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai governar ao lado "daqueles que respeitam a família" e ressaltou que democracia só existe se as Forças Armadas "assim o quiserem". O presidente fez um rápido discurso na cerimônia no 211º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, na Fortaleza de São José da Ilha de Cobras, no centro do Rio de Janeiro. Ele descreveu sua vitória nas eleições do ano passado como uma missão. Seria o surgimento de um Nicolás Maduro brasileiro?

O presidente afirmou que "A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, amam a pátria, respeitam a família, querem aproximação com países com ideologia semelhante à nossa e amam a democracia. E isso, democracia e liberdade, só existe se as suas forças armadas quiserem", afirmou. Para alguns, mais essa frase polêmica foi proferida com a finalidade de desviar o foco das atenções da população de um vídeo polêmico, criticando o carnaval.
Bolsonaro discursou por pouco mais de quatro minutos e não atendeu a imprensa após o evento. O presidente voltou a afirmar que os militares serão incluídos na reforma da Previdência proposta pelo governo federal.
"Entraremos numa nova Previdência em que entrarão os militares, mas não esqueceremos as especificidades de cada Força", declarou o presidente em discurso. 

O ex-militar voltou a defender o excludente de ilicitude para mortes provocadas por militares em missões. "Quero oferecer retaguarda jurídica para que os militares possam vir a cumprir seu trabalho, em especial nas missões extraordinária", disse Bolsonaro. Especialistas dizem que essa fala de Jair Bolsonaro é estratégica. Ela estaria servindo para desviar o foco da falta de competência do presidente e sua equipe para administrar o Brasil.



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