Detran: Acusados de fraudar concurso permanecem presos
Os julgadores da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça
do Pará, à unanimidade de votos, negaram pedido de liberdade a Elianderson
Brabo Rodrigues e a Ronald da Mota
Barbosa, denunciados pelo Ministério Público por suposta prática de
fraude em concurso público, falsidade ideológica e associação criminosa. As
prisões de ambos foram decretadas após serem apontados por outras pessoas denunciadas,
como os mentores de fraude ao concurso do Departamento de Trânsito do Estado do
Pará (DETRAN-PA), realizado no dia 10 de fevereiro.
A defesa
alegou a falta de fundamentação para a decretação das prisões, mas o relator do
Habeas Corpus, desembargador Ronaldo Marques Valle, ressaltou que as medidas
preventivas estão devidamente fundamentadas de acordo com o estabelecido na lei
penal.
Também sob a
relatoria do desembargador Ronaldo Valle, a Seção Penal substituiu a prisão
preventiva de Dalila
Tayani Carvalho Coelho por medidas cautelares diversas da prisão,
com exceção de aplicação de fiança. Dalila foi presa em flagrante, sob a mesma
acusação, no dia da realização da prova do DETRAN/PA. De acordo com os
julgadores, a denunciada comprovou ser mãe de uma criança menor de 12 anos e
que é viúva, sendo essencial para cuidar do filho menor. A concessão para
substituição da preventiva para medidas cautelares foi fundamentada na Lei da
Primeira Infância e em jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Na semana
passada, foram beneficiadas também as denunciadas Luna Bianca da Vera
Cruz Nascimento e
Grasiele Quaresma Mendes, que também haviam sido presas em
flagrante no mesmo caso. Considerando que já ter sido encerrado o inquérito
policial, além do fato de o crime não foi cometido com violência ou grave
ameaça a pessoa, e também por não terem causado embaraço e contribuído com as
investigações, foram colocadas em liberdade. No caso de Grasiele, a indiciada
também comprovou ser mãe de duas crianças menores de 12 anos.
De acordo
com o processo, as investigadas foram presas em flagrante no dia da prova do
concurso do Detran. Após denúncia, a Polícia se dirigiu até a sala onde estavam
realizando a prova. No entanto, ao ser feita a abordagem e ser chamada em um
local reservado, descobriu-se que Grasiele estava se passando por Luna,
realizando a prova em seu lugar, configurando-se a prática criminosa. Grasiele
afirmou que receberia R$ 1.000,00 e que estava com um celular, que vibraria
indicando o gabarito.
De posse das informações, a Polícia se dirigiu até a
verdadeira Luna, a qual confirmou as informações. Dalila, da mesma forma,
estava de posse de um celular pelo qual seria passado o gabarito. Em audiência
de custódia, apontaram Elianderson e Ronald como os mentores da fraude.
Texto: TJ/PA
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