STF abre inquérito para apurar fake news, ofensas e ameaças a ministros da Suprema Corte
O presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministro Dias Toffoli, anunciou nesta quinta-feira (14) abertura de
inquérito criminal para apurar "notícias fraudulentas", ofensas e
ameaças, que "atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal
Federal, de seus membros e familiares". Um dos possíveis alvos seria o procurador da República Diogo Castor, membro da Lava Jato. Ele atacou duramente a Justiça Eleitoral na semana passada.
O ministro anunciou a medida no início da
sessão da Corte desta quinta. Dias Toffoli nomeou o ministro Alexandre de
Moraes como instrutor do processo. A portaria não delimita um objeto
específico ou grupo a ser investigado, apenas as possíveis infrações. Há quem diga que a abertura do inquérito pode atingir procuradores da Operação Lava Jato. O MPF de Curitiba já havia sido alvo de duras críticas por parte da Procuradora Geral, Raquel Dodge, na semana passada, por infringir a lei da magistratura.
"O presidente do Supremo Tribunal
Federal no uso de atribuições que lhe conferem o regimento interno considerando
que velar pela intangibilidade das prerrogativas do Supremo Tribunal Federal e
dos seus membros é atribuição regimental do presidente da corte, considerando a
existência de notícias fraudulentas, conhecidas como fake news, denunciações
caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi e
injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo
Tribunal Federal, de seus membros e familiares, resolve, como resolvido já
está, nos termos do artigo 43, instaurar inquérito criminal para apuração de
fatos e infrações correspondentes em toda sua dimensão. Designo instrutor do
feito o ministro Alexandre de Moraes que poderá requerer estrutura
necessária", afirmou o ministro.
O ministro destacou que o STF sempre
atou na defesa das liberdades, em especial, "na liberdade de imprensa e de
uma imprensa livre em vários dos seus julgados". "Tenho
dito sempre que não existe estado democrático de direito, não existe democracia
sem o Judiciário independente e sem uma imprensa livre", afirmou Dias
Toffoli.
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