Reforma Agrária: Clima esquenta entre fazendeiros e movimentos sociais em Marabá
Nos
últimos dias, a posse de Jair Bolsonaro e a
prisão dos fazendeiros José Iran dos Santos Lucena e Hamilton
Silva Ribeiro, no dia 17/1/2019, esquentaram mais ainda o clima,
nada amistoso, entre os pecuaristas e os movimentos sociais que lutam pela
reforma agrária no estado do Pará. Uma entrevista concedida pelo Presidente do
Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá, Antônio Vieira Caetano, o “Nenê do
Manelão”, sexta-feira (8), e o protesto realizado nas proximidades da Ponte do
Rio Itacaiúnas, por vários sindicatos de produtores rurais, estão dando o tom
dessa relação.
Uma nota falando
sobre a prisão dos pecuaristas, foi publicada ontem (23). Ela veio assinada
pelo Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura
do Pará (Fetagri) e Sociedade
Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH), tecendo duras
críticas ao fazendeiro José Iran, taxando-o de “chefe da maior milícia armada,
atuando no campo das regiões Sul e Sudeste do Pará”. A nota fala ainda da
suposta prática de espancamento, queima de barracos, destruição de motos,
carros, ameaças e execuções de trabalhadores rurais.
Em contato com o
Tenente Coronel Juniso
Honorato, Comandante do CPR II, o militar afirmou que a
manifestação está ocorrendo em clima de tranquilidade e que não há nenhum
aparato policial específico para o caso. “Está
tudo dentro da normalidade, mas estamos acompanhando, à distância, o desenrolar
dos fatos”, disse ele. No ato organizado pelos produtores rurais, de forma
pacífica, eles dizem que estão lembrando Jair Bolsonaro dos compromissos
assumidos durante a campanha, exigem o cumprimento das reintegrações de posse e
medidas para impedir novas ocupações. Apesar da propagação de um "discurso pacífico" tanto de um lado quanto do outro, as falas indicam existir um clima de animosidade entre as partes.
Sugestões de pauta poderão ser enviadas pelo e-mail: debatecarajas@gmail.com ou pelo Whatsapp (94) 99181 8448.
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Clima triste, não só porque sou Paraense, mais precisamente porque sou humano.
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