Rio Moju: Ministério Público não confirma existência de vítimas em acidente com balsa
Até a noite desta
segunda-feira (8) não foi confirmada a existência de vítimas em decorrência do desabamento de parte da ponte sobre
o Rio Moju, ocorrido na madrugada do último dia 6. Segundo testemunhas, dois
veículos teriam caído da estrutura durante o acidente, mas a informação segue
sem comprovação. A informação foi dada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA),
que apura os danos ambientais, coletivos e também individuais causados às
possíveis vítimas do desabamento.
Na tarde desta
segunda-feira (8), o MPPA promoveu uma coletiva para esclarecer os detalhes do
inquérito civil que vai apurar o caso e punir os responsáveis pelo desabamento
de parte da ponte. O inquérito será cobrado por promotores de Justiça que atuam
em Moju, Barcarena, Abaetetuba, Acará, Baião e Igarapé-Miri, municípios diretamente
afetados pelo acidente. Eles se reuniram com o procurador-geral de Justiça no
último sábado (6), em reunião emergencial no edifício-sede do MPPA, em Belém,
para formar o grupo de atuação.
O inquérito civil foi
instaurado por meio da portaria número 004/2019, de autoria da Promotoria de
Justiça de Moju, e vai investigar os vários aspectos do acidente, entre eles,
se as licenças e documentos obrigatórios à balsa que colidiu contra as vigas da
ponte estavam em dia e garantiam o tráfego fluvial e o transporte de resíduos
de dendê, carga que estava sendo conduzida. Titular da Promotoria de Justiça de
Moju, a promotora Hygeia Valente é a autora do inquérito civil instaurado no
dia 8.
"O inquérito é
muito abrangente, mas busca, especialmente, identificar responsabilidade pelos
danos, especificamente das empresas ou da empresa que causou o acidente e, com
isso, buscar o ressarcimento ao erário. Não só pelo dano que foi provocado ao
patrimônio público diretamente com a derrubada de parte da estrutura da ponte,
mais ao dano coletivo e social", esclareceu o o procurador-geral de
Justiça.
Recomendações
Outra providência foi a
expedição de uma recomendação conjunta, encaminhada ao Governo do Estado,
Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Transporte, Departamento de
Trânsito do Estado, Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do
Estado do Pará e às empresas de transporte fluvial Jarumã, Arapari, Henvil e
Celte, para que adotem as medidas necessárias, dentro das suas esferas de
atribuição, para garantir a circulação da população afetada pela queda de parte
da ponte.
A recomendação foi
assinada por todos os promotores de Justiça do grupo de atuação. A principal
preocupação é assegurar que o direito de circulação das pessoas pela região
afetada seja mantido de forma adequada e segura, impedindo o aumento da
violência, a cobrança de preços abusivos e a desorganização no trânsito.
"As primeiras
recomendações expedidas pelo MPPA saíram para as autoridades do Executivo
Estadual, para que apresentassem um planejamento de crise. O que se busca saber
com isso é que medidas o governo pretende tomar de imediato para apresentar
alternativas quanto ao fluxo de mercadorias e de pessoas que utilizavam a
ponte, e no sentido de observar o controle de preços para que não haja prejuízo
ao consumidor", detalhou Gilberto Valente.
Texto: Portal ORM
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