Câmara aprova divórcio imediato em casos de violência doméstica
A Câmara dos Deputados aprovou, em Brasília,
ontem (27) um projeto de lei que permite à vítima de violência doméstica
solicitar ao juiz a decretação imediata do divórcio ou do rompimento da união estável. A matéria segue para
apreciação do Senado. O texto aprovado prevê a necessidade de a
vítima ser informada sobre o direito de pedir imediatamente o divórcio e a
possibilidade de o juizado decidir sobre esse divórcio sem tratar da partilha
de bens, que poderá ser feita posteriormente.
A relatora do texto aprovado, deputada Erika
Kokay (PT-DF), destacou que atualmente a lei já permite o divórcio ou a
dissolução da união estável em qualquer hipótese, sem a necessidade de que a
vítima comprove violência doméstica para que o vínculo seja rompido.
"Mesmo assim, o projeto tem grandes
méritos. O primeiro é chamar atenção para o fato de que, entre as vítimas de
violência doméstica e familiar, ainda há grande desinformação sobre a
possibilidade de ajuizamento imediato da ação de divórcio, sendo útil colocar
na lei a necessidade de orientar as vítimas sobre essa alternativa",
afirmou a deputada.
Licença-maternidade
Em outra votação, parlamentares aprovaram a
proposta que prorroga o início da licença-maternidade a mulher ou o seu filho
permanecerem em internação hospitalar por mais de três dias. O projeto também
segue para análise do Senado.
Segundo o texto, a licença poderá ser suspensa,
a critério exclusivo da trabalhadora, se o recém-nascido permanecer internado.
A suspensão deverá ocorrer depois de transcorridos pelo menos 15 dias de seu
gozo. A licença interrompida é retomada assim que houver alta hospitalar do
recém-nascido. Da mesma forma, o pagamento do
salário-maternidade acompanhará a suspensão da licença e será retomado quando a
criança sair do hospital e a licença voltar a ser usufruída.
Texto: Agência Brasil
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